nem da colônia... nem da metrópole...
Hoje assisti a alguns jogos da copa. Há dias atrás eu andava por aí praguejando contra a copa, dizendo que num ia ver os jogos e blá blá blá! Mas, como tudo que se desmancha no ar, a rigidez da personalidade fragmentada deu lugar à simplicidade de uma manhã de domingo. Enfim, deixarei de enrolação e vamos aos jogos: México 3 a 1 no Irã e Portugal 1 a 0 em Angola. Jogos feios, que não empolgaram, mas que me ajudam a pensar. Parece estranho, mas tanto Portugal quanto México entraram como grandes favoritos em campo e decepcionaram. Portugal até começou bem, mas depois não fez nada! O México, ao contrário, só embalou depois da metade do segundo tempo. É, não tiveram o tempo certo! O tempo administrado, a velocidade das reações e das ações, suas dimensões. Não se mostraram donos do jogo: não tinham controle da situação. Então, do que serve uma vitória decepcionante quando o que esperam de você é muito mais do que isso? Onde reside a vitória real? Em 86, a vitória foi moral, mas de que serve? Não levamos nada pra casa! 94 ao contrário foi real, mas foi feio! Perder mesmo quando se ganha e ganhar quando se está perdendo. Aliás, o que é ganhar? Levantar cada manhã com o sentimento de satisfação e plenitude e olhar pela janela um mundo acinzentado ou lutar até o fim sabendo que a vitória é impossível; que as idéas e as coisas se descolam com um simples sopro do destino (ah, essa entidade abstrata à qual recorremos quando estamos sem ação, sem pensamento! Comodismo!). De que nos servem as vitórias pífias quando se sabe que mais a frente se encontrará um grande monstro, onde a derrota é certa e inescapável? Pararemos? Creio que não. Mas, também não entendo por que continuamos. Sempre queremos enganar os monstros, controlar as situações. Sempre falhamos e no fim a decepção alheia recai sobre o melhor que fizemos!
1 Comments:
... ou sempre vencemos e nos obrigam a acreditar que perdemos, ou que não é suficiente?
(não que eu pense assim - na verdade, nem sei como penso -, mas é só uma das maneiras de ver as coisas...)
ah, é a stella, sua bixete! (vulgo polivalente)
Postar um comentário
<< Home