Um pouco de cor...

Aliás, um blog introspectivo, cuja primeira pessoa tomou o lugar, apareceu. Não era pra isso que serviria. Já não sei o que quero, mas ainda sei o que não quero: e com certeza não é uma introspecção amorfa e deprimente, que contagia a tudo e a todos nas relações com um ser que nada é. Um pouco de cor não cairia mal.
Levantar a cabeça custa, ainda mais quando os pensamentos pesam demais. Mas afinal, pra que servem as abstrações? Abstrair as abstrações é a saída. Pensar demais funde a lucidez.
Dosar a lucidez é bom. Perdê-la é a loucura. Exarcebá-la, a paranóia.
Tragam a luz, mas dissecada. Coloquem-na em um movimento mais vagaroso. É preciso vê-la com calma para enxergar por onde andam as cores. Ver correndo, é ver um branco passar. Nem olhar é ver o nada da escuridão. Saber dosar é saber o que tem por trás de todo aquele movimento frenético, da velocidade inimaginável: o colorido é a mediação entre a paranóia e a loucura.