29.10.06

Um pouco de cor...

Por que nos deixamos perder na tristeza? Como deixar esse estado patético de loucura solitária? Hum... não vou beber até cair, não mesmo. Muito menos me filiarei a partidos políticos; nem pensar. Recorrer à psicodelia poderia ser a escapatória, mas quero mesmo é mais realidade. Interação! Meu mundo está cinza demais para querer ficar nele.
Aliás, um blog introspectivo, cuja primeira pessoa tomou o lugar, apareceu. Não era pra isso que serviria. Já não sei o que quero, mas ainda sei o que não quero: e com certeza não é uma introspecção amorfa e deprimente, que contagia a tudo e a todos nas relações com um ser que nada é. Um pouco de cor não cairia mal.
Levantar a cabeça custa, ainda mais quando os pensamentos pesam demais. Mas afinal, pra que servem as abstrações? Abstrair as abstrações é a saída. Pensar demais funde a lucidez.
Dosar a lucidez é bom. Perdê-la é a loucura. Exarcebá-la, a paranóia.
Tragam a luz, mas dissecada. Coloquem-na em um movimento mais vagaroso. É preciso vê-la com calma para enxergar por onde andam as cores. Ver correndo, é ver um branco passar. Nem olhar é ver o nada da escuridão. Saber dosar é saber o que tem por trás de todo aquele movimento frenético, da velocidade inimaginável: o colorido é a mediação entre a paranóia e a loucura.

Expressão da embriaguez...

Noite solitária. Chego em casa embriagado. Nada mais me interessa. Um bar cheio de más recordações. Pra onde olho, a banda tocando, tudo me lembra o que queria esquecer. Por que preciso disso? Merda! Apenas queria esquecer. Cada olhar que não se cruza, que se perde na tentativa, cada esforço jogado fora. Queria que fosse diferente. Nada acontece por acaso... nada acontece de propósito... nada acontece. Apatia resultante do passado, influenciando o futuro. Olho, olho, e nada faço... Não sei se a contemplação me satisfaz. Não sei o que quero. Talvez só queira tentar.
Chego em casa embriagado novamente... as teclas se movem, fogem do meu controle. Escrevo, mesmo sabendo que posso me arrepender. Mas seria melhor me arrepender pelo que escrevo do que pelo que faço, ou pelo que deixo de fazer.
O vômito seria a melhor expressão da embriaguez!

28.10.06

Caminhando...

Tenho tanto pra contar.
Os sonhos que tive, as poesias que li, os livros que não terminei.
O caminhar, o fim da tarde: o sol na perpendicular.
O som nos ouvidos, o sorriso despretencioso.
As pessoas em volta: nem me olham (eu as olho, mas confesso que não presto atenção).
O pensamento vai longe.
Um carro em minha passagem desvia a rota da cabeça... onde estava mesmo?
...
Sim, ainda me lembro o que tinha pra contar. Pelo menos a maior parte das coisas.
Você gostaria de ouvir? Ah, a quanto tempo não nos falamos...
Deveria parar de me esconder.
Longe de tudo, sigo um caminho ainda indefinido; não sei nem por onde passei até chegar aqui.


8.10.06

Is it in the right place?

Silence is the best way to say what we want. Distance, the greater proximity. Solitude submerged inside what we don't want, to run away from what we want. Nights of wonder (it's hard to wake up in the morning, after those dreams). The pain in the body, the lost of the mind.
Smashed against the wall hope becomes fear, changing the world, the colors, the light. How many times? How many friends? How much does it cost for us to become stronger? How much empty lives? How much mistakes?
"Who controls the past, controls the future". But, it escapes from our hands, from our thoughts. Running away is not the best way. Fighting is in vain. There is no escape from this road. The turning point is missed, the future is shrouded.
Words have no meaning. Actions took their place. Ideas are not the same everywhere. Why don't we think the right thoughts? Why are ideas out of time, out of place?
Lost, simply lost... anywhere, anytime... Hope is high but time is low.