Uma vez um carinha escreveu um livro chamado "Que Fazer?".
Assim como o Silvio Santos nunca vê os filmes dos quais ele fala, eu também não li este livro, mas me falaram (e não foram minhas filhas, seja lá qual for o número delas, até mesmo porque não as tenho) que tinha a ver com os destinos da humanidade e essas coisas mega-importantes.
Então, naquela época, acho que ele já estava preocupado com alguns problemas que poderiam completar humanisticamente tanto ele quanto as pessoas com quem ele convivia. Mas talvez não pensasse que o que ele pensava poderia danar com a vida de um monte de gente... ou pensava e achava que era um mal necessário. Mas, mesmo que pensasse, ainda achava que era um mal necessário, ou até mesmo um acerto de contas. Não importava o que acontecesse com os outros, havia coisas que eram importantes, projetos a serem realizados, e as subjetividades alheias não poderiam atrapalhar.
Daí, a gente olha pro nosso mundo e vê projetos, bem como possibilidades. E nos perguntamos: que fazer? E é óbvio que não é fácil escolher. Pois existem as coisas que são mais prováveis e as que não são tão certas assim, pelo contrário. Que fazer? Se arriscar pelas trilhas mais espinhosas? Percorrer o caminho mais fácil, mas nem por isso conhecido? Olhar para o que se coloca na sua frente? Ou para o que se coloca longe no horizonte? Alcançaremos o que está ao longe? Ou é só uma miragem?
Como diria um outro cara que cita outros caras, "o certo é o fácil e o fácil é o certo", ou então, "o excelente é inimigo do bom". Como saber o que realmente é fácil, bom, excelente ou certo se tudo depende dos caminhos a trilhar e que ainda estão fechados pelas incertezas? Como lidar com as subjetividades se nem sabemos quais suas intenções? Como saber se alguém também liga para nossas subjetividades? Como realizar os projetos? Como ter certeza que o que parece mais fácil é o mais fácil? Que o mais distante é irrealizável?
BOOOOOOOOOOM! Cansaço.
Dúvidas lançadas, façam suas apostas, mas calculem as possibilidades. Os conselhos ajudam, mas confundem.
Quando se está certo de algo, e alguém te convence em olhar para o outro lado, é um sinal de que não se estava tão certo assim? Ou seria de que o mundo não é uma esfera ideal traçada sobre uma linha reta?
Como se lançar às ofensivas sem destruir o outro? Há guerras sem perdedores? Há embates sem discussões? Há simetria de relações? As estruturas se invertem, a entropia nos consome. Os males são necessários? Os projetos tão importantes? Quem se importa? Eu me importo. Vale a pena se lançar às incertezas?
A dramatização é genial!